sábado, 9 de abril de 2011

Por onde anda a Literatura Paraense?

Não posso deixar de expressar minha imensa euforia em participar deste evento. Absorvi todas as informações possíveis. Acredito que temos em nossas mãos uma das mais belas culturas do Brasil. Desde o artesanato, música, poesia, literatura, até o modo de falar e comer, tudo me dá vontade de, cada vez mais, estudar este pedaço do Brasil! É impossível ficar parado diante de tanta energia positiva. Mas apesar de toda essa alegria e festa que tivemos na Virada Cultural, fiquei atônita com os depoimentos dos escritores paraenses quanto à própria literatura do Pará.
O abandono, descaso, ou falta de mérito de uma boa qualidade de livros regionais é preocupante. Alfredo Garcia pôs a literatura paraense na atualidade em duas vertentes: uma a relação da mídia com a cultura de massa e a outra como produto na difusão da mídia. “Não temos produção..., a economia em torno de literatura e livro ainda não chegou aqui e o Estado não apoia.” afirma o escritor. A maioria dos escritores paraenses tem que ir atrás do leitor. Mesmo os livros que conseguem chegar até a mídia não são tão valorizados como produtos importados de outros estados e países, e a realidade é que, por falta de patrocínio, divulgação e/ou produção-edição, nem sempre conseguem difundir por um número relevante de leitores.
Alfredo Garcia Neto ressalta também que o escritor paraense escreve para si, não estuda o mercado, não atenta ao que os compradores querem, tornando a literatura do Pará pobre, pois não tendo mercado consumidor não se tem um investimento nem melhoria na qualidade dos livros: “Não há preocupação em passar mensagem alguma ao leitor.” Neto diz ainda que não há literatura paraense e sim escritores paraenses.
Como que em um estado tão rico de raiz, cultura, beleza e história não vê a importância de se pôr em livros uma característica própria, de fazer uma produção regional, ter um mercado literário e conquistar a independência de mercados externos. Abrir a oportunidade de gerar empregos, movimentar economia, e aumentar a busca por ensino, o que consequentemente melhoraria a qualidade do mesmo.
A nova geração paraense precisa se inserir nesses debates para que se crie uma opinião publica, podendo assim ter consciência e voz para buscar seus direitos de ter uma boa leitura, e acima de tudo, regional.

Luara Uchôa Jaccoud

Texto de iniciação.

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